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Estresse prejudicial

 

O funcionamento ideal do organismo depende da manutenção da homeostase 

(regulação interna automática do organismo 

frente a um evento estressor).

Essa autorregulação do organismo está associada a um processo conhecido como alostase. 

A alostase é um mecanismo interno (processos fisiológicos) que  busca o equilíbrio (homeostase).

Nesse sentido, pode-se dizer que a resposta ideal a um evento estressor é a ativação seguida de rápida desativação do mecanismo de alostase.

É a percepção de que a homeostase não está ameaçada. Logo, essa percepção tende a proporcionar calma e segurança ao indivíduo. O estresse começa a ser prejudicial:

(1) quando o organismo não consegue se habituar a apresentações repetidas do mesmo estressor; 

(2) quando exposto repetidamente a estressores diferentes, mas sem tempo de 

recuperação entre eles;

(3) quando a resposta é prolongada de forma inadequada.

Nesse casos, o organismo está forçando/sobrecarregando/exigindo demais do mecanismo de alostase. 

Como consequência, o indivíduo pode apresentar respostas desadaptativas em contextos variados.

Murison, 2016

W. Kihara

Não consegue se habituar.png

O perigo de ser submetido de forma crônica ao bullying ou ao conflito social.

Numa pesquisa de laboratório, um rato foi trancado em uma gaiola com um outro rato agressivo por cerca de dez minutos, todos os dias, durante duas semanas. Como consequência: o rato desenvolveu depressão.

 

Os dez minutos de conflito foi comparado com um dia todo de trabalho muito estressante para um ser humano.

Ou seja, pode-se dizer que a cronicidade de um situação de conflito intenso ou extremamente estressante, mesmo que por um curto período de tempo, tem consequências significativas no sistema de recompensa do cérebro, com enormes tendências para desenvolvimento de anedonia.

Storoni, 2017

W. Kihara

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Estresse crônico reduz áreas cerebrais

O córtex pré-frontal e o hipocampo estão em constante aprimoramento. No entanto, o estresse crônico pode estacionar esse aprimoramento e atrofiar o desenvolvimento adaptativo dessas áreas cerebrais. Muito mais, pode reduzir essas áreas, pois nesse estado, para o organismo, elas são menos importantes.

 

Logo, o indivíduo com o estresse crônico, também tende a ter menos controle de suas emoções.

Storoni, 2017

W. Kihara

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Estresse e motivação

​O estresse tem impacto direto na motivação, de modo que, instintivamente, te motiva a agir. 

 

O estresse crônico, por sua vez, tem efeito contrário. Pois, esse tipo de estresse, também leva à depressão. E, a depressão é a ausência de motivação.

Storoni, 2017

W. Kihara

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O efeito de insistir numa reação ao estresse

Se tu tiver uma reação mais elevada de estresse a uma determinada situação, mas não insistir nessa reação por muito tempo, o efeito do estresse no seu organismo será menor.

No entanto, se tu tiver uma reação menos elevada de estresse a uma determinada situação, mas insistir nessa reação por mais tempo, o efeito do estresse no seu organismo será maior. Ou seja, tu acaba comprometendo a tua capacidade de regulação emocional.

Pesquisas tem demonstrado esse efeito de permanência na reação ao estresse em casos de indivíduos com depressão.

Logo, o prejuízo que uma experiência estressante pode causar no indivíduo pode ser avaliada observando o tempo que esse permanece no evento durante e depois que ele ocorreu.

Storoni, 2017

W. Kihara

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